Modelo negra é condenada à prisão por assalto e vitima diz: "o rosto é familiar, por causa dos cabelos"
A jovem modelo e dançarina Bárbara Querino de Oliveira, 20, foi condenada a 5 anos e 4 meses de prisão pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, em 10 de agosto de 2018, por participação em um assalto em setembro de 2017, na cidade São Paulo.
Segundo o Ministério Público de São Paulo, no dia 10 de setembro de 2017, Bárbara e seu irmão Wesley Victor Querino de Oliveira, de 18 anos, e outros três rapazes agiram juntos em um roubo na cidade de São Paulo. As vítimas, um casal com uma filha, foram abordados pelo grupo armado, que os ameaçaram levando carros e pertences pessoais da família.
A vítima, que disse reconhecer Bárbara, estava deitada no chão, no momento do ocorrido, com a cabeça para baixo e "Bárbara" estava atrás dela. O advogado de defesa da jovem, Bruno Cândido, diz que seria impossível saber quem era, já que a vítima estava de costas. Em uma das audiências a vítima afirmou:
"...o rosto dessa era, me foi bem familiar por causa dos cabelos.", se referindo à modelo.
O caso ganhou repercursão após uma matéria exibida pelo Conexão Repórter do SBT, onde o jornalista Roberto Cabrini entrevista a jovem. Confira:
No dia e hora do assalto, Bárbara afirma que estava no Guarujá - cerca de duas horas e meia do local do crime. Amigos, colegas e familiares da modelo, já prestaram depoimento em favor da jovem e apresentaram provas - fotos e vídeos - comprovando que Bárbara estava longe de São Paulo no momento do assalto. Entretanto, a justiça entendeu que as provas apresentadas pela jovem não são válidas, um vez que, segundo os profissionais responsáveis pela investigação, elas poderiam ser alteradas.
Foto em que Bárbara aparece em um evento no Guarujá, onde participava como modelo, no dia que o crime foi cometido (Foto: Arquivo pessoal)
Ao portal "Alma Preta", a pesquisadora Nilma Lino Gomes afirma: “A forma institucional do racismo implica práticas discriminatórias sistemáticas fomentadas pelo Estado ou com o seu apoio indireto”, o que, segundo o portal, justificaria a insistência do judiciário em manter a jovem presa.
Antes mesmo que houvesse uma análise do caso ou uma sentença, a jovem teve a sua imagem compartilhada em grupos do aplicativo de mensagens WhatsApp como uma das seis integrantes de uma quadrilha que praticavam roubos na região. O advogado acredita que esse vazamento pode ter influenciado as vítimas na hora do reconhecimento.
"TODOS POR BABIY"
Na esperança de tentar levar o caso à mídia e pedir justiça, Mayara Vieira, amiga de Bárbara, administra a página "Todos por Babiy Querino" nas redes sociais (Facebook e Instagram). Com autorização da mãe da modelo, Mayara criou a página com o intuito de receber apoio financeiro e jurídico, para tentar provar a inocência da amiga.
Bárbara é a mais velha de cinco irmãos e vive com eles, com a mãe e com a bisavó. A jovem prestou o Enem no ano passado e foi aprovada em um projeto de bolsas da organização Educafro para cursar Jornalismo em uma universidade privada. Com a prisão, o processo foi paralisado.
Que covardia meu Deus, soltem ela isso é uma injustiça, acabaram com a vida dela!!!!
ResponderExcluirO Judiciário não é cego, ele julga e condena pela cor. Para a População Negra não é aplicado o Principio do In dubio pro réu, é aplicado o principio do Racismo Institucional, é negra é culpada.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirAgora sou capaz de acreditar que tem gente presa e comfundida por ser negra,o raçismo é real porfavor solte a moça,eu moro em um país de negros Moçambique mas mesmo aqui que os negros deverias viver livres vejo situações diárias de raçismo,se fosse uma mulher de outra raça estaria livre,que indignação
ResponderExcluirSolte a moça,essa justiça do Brasil e uma vergonha, pais racista preconceituoso
ResponderExcluirOs bandidos políticos que foram pegos com 400 kilos de cocaina no helicoptero estão soltos e outros mais. A modelo por ser negra.....odeio a (in)justoça desse pais. E cega surda e muda pra preto e pobre!
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