Coza Bar dá lugar ao projeto CERCO – Comida Criativa, Cerveja Cozalinda
De tempos em tempos a tainha volta à praia. E quando um cardume encosta, uma comunidade de pescadores faz o cerco. Unindo forças, armam e puxam a rede e, ao fim, colhem os frutos desse esforço coletivo. A história de cooperação entre pescadores manezinhos para capturar tainha foi o mote escolhido para dar nome e conceito ao CERCO Gastrobar – Comida Criativa, Cerveja Cozalinda, que chega para substituir o Coza Bar a partir de quarta-feira, 23, na Via Gastronômica de Coqueiros.
O projeto é resultado da parceria entre a Cervejaria Cozalinda e o chef Guilherme Schiwnn, e tem o intuito de difundir o uso da cerveja no preparo dos pratos, contrariando o estigma de que alta gastronomia só se faz com vinho. Valorizar as referências culinárias de Santa Catarina também é a proposta da casa.
Cozinhar utilizando cerveja, harmonizar pratos com a bebida e usar ingredientes locais nas receitas são a tônica do meu trabalho e do CERCO Gastrobar. No passado, havíamos, eu e a Cozalinda, criado pratos e jantares neste caminho. Agora, o projeto é mais ousado, resultado de um amadurecimento de conhecimento de ambos os lados – explica Guilherme.
A mescla entre ousadia e tradição está nos ingredientes utilizados nos pratos que compõem o novo cardápio. Ostras cultivadas em fazenda do Ribeirão da Ilha, peixes típicos do mar catarinense, farinha de milho de Anchieta - capital catarinense do milho crioulo - e carne de pato de criadouros de Indaial são algumas das matérias-primas regionais que vão em receitas como o sanduba e o bolinho de pirão, ambos com ostra, peixe frito com chips de banana da terra e coxinha de pato com massa de milho crioulo. As comidinhas em versão finger food chegam com ares de comida de boteco.
Além da identidade local, a casa também vai oferecer experiências gastronômicas genuinamente brasileiras, trazendo insumos pouco conhecidos no Sul do País.
O pó de cogumelo Sanöma e a pimenta Jiquitaia, feitos pelos índios yanomamis e Raposa Serra do Sol, além do tucupi negro, todos produzidos em Roraima, já aparecem em algumas das cervejas da Cozalinda e estarão também no menu do Cerco – conta Schwinn.
Na outra ponta da rede está Diego Rzatki, cervejeiro e sócio-proprietário da Cozalinda, que é referência nacional em produção de cervejas ácidas selvagens. Ele trabalha em parceria com Guilherme criando cervejas ideais para harmonizar com os pratos elaborados no gastrobar, que terá um balcão especial para degustações, o espaço Sour.
Valorizamos a brasilidade em cada copo. Obviamente observamos referências internacionais na criação das cervejas da Cozalinda, sobretudo na Bélgica, e adaptamos a nossa realidade tanto em processos quanto em insumos, buscando uma identidade nossa – ressalta Diego.
Fruto dessa inventividade é a recente e exclusiva Rosa Selvagem, cerveja de fermentação mista com infusão de rosas criada em colaboração entre a Cozalinda e a sommelier Daiane Colla. Na receita, as rosas foram adicionadas à Praia do Meio, uma das cervejas carro-chefe da casa, até atingir o aroma e o sabor desejados com características florais. A Rosa Selvagem será vendida exclusivamente no Cerco e vai participar do Festival Brasileiro da Cerveja de Blumenau, em março.
Além do novo rótulo, o gastrobar vai servir seus outros quatro fixos: Praia do Meio, de fermentação mista; Pedras do Itaguaçu, de fermentação mista com adição de tapioca; Macacada, Wild Ale com amora, e Praia da Saudade Sassafrás, envelhecida em barris de madeira, além das sazonais e convidadas de outras cervejarias.
As cervejas da Cozalinda também estão presentes na carta de drinks assinada por Tom Oliveira, bartender finalista do Bacardí Legacy, maior competição de coquetéis do mundo realizada por uma única marca. O Aperió, feito com Aperol e cerveja Praia do Meio; o Wild Negroni, à base de cerveja Macacada Wild e gin; e o Skuna Ride, que leva IPA, rum, xarope de mel e maracujá, são algumas das criações especiais.
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